Moletom
- Samuel da Rosa Rodrigues
- 1 de abr. de 2024
- 12 min de leitura
— Mãe, o que é transar?
A pergunta chegou de maneira tão inesperada que Simone teve que pedir para a filha repetir. Olhou para o relógio: era uma da tarde, e ia se atrasar para deixar Duda na escola. Sua cabeça estava longe, pensando na pilha de documentos que tinha que resolver durante a tarde. O que é uma aula de educação sexual para a filha perto daquele trânsito modorrento? Nada. Mas a pergunta podia ter vindo para um dos dias que o pai de Duda estivesse levando ela. “Por que eu, Deus?”.
— Não entendi, filha, você pediu o que vamos almoçar? — Tentou a sorte — Mas nós acabamos de comer na casa da vovó, lembra? Tinha arroz, feijão, massinha…
— Não, mamãe, transar. — A voz esganiçada daquele serzinho minúsculo de cinco anos não queria deixar dúvidas. — Tran. Sar.
— Ah, transar. — Tentou ganhar tempo para pensar no que responder. — Quem você ouviu falar sobre isso, meu amor?
— O papai estava no telefone falando com um amigo e eu escutei… atrás da porta… — Ela hesitou. Sua vez de ganhar tempo e pensar em uma justificativa para ter escutado. — Ele estava falando bem alto.
“Agora que o divórcio vem”, pensou Simone. Mas o seu silêncio poderia passar outra ideia e uma insegurança que poderia se tornar um trauma para a filha, o que ela não queria, de maneira alguma. Até porque a culpada de seu marido estar falando sobre sexo… era ela mesma.
— Transar é uma coisa que as pessoas adultas fazem, filha. Quando elas estão casadas ou quando são namoradas também.
Tinha vários outros “ou quando…”, mas melhor não entrar neles agora.
— Tipo você e o papai?
— Tipo eu e o seu pai, exatamente.
“Principalmente nas noites de quarta em que você vai para a natação e dorme na casa da sua avó”, pensou atrás do volante. “O melhor investimento que fizemos recentemente para a sua educação e o nosso casamento.”
Lembrou da excitação que sentiu quando percebeu que estavam aos poucos criando uma rotina nova para o casal. Na primeira semana, simplesmente ajeitaram a casa e se permitiram assistir a um filme juntos no sofá da sala. Na semana seguinte, sabendo o tempo que iriam demorar para ajeitar tudo, abriram um vinho que fez os dois adormeceram juntos no sofá, abraçados como não faziam desde o nascimento da filha. Mas foi na terceira semana que tudo mudou.
Dante, marido de Simone, disse que ela não precisava se preocupar com a janta e a casa naquela noite. Isso já era sexy por si só, mas, ao chegar em casa, se deparou com as luzes baixas, a música tocando, as taças de vinho sobre a mesa e uma tábua de frios aguardando os dois. Um recado dobrado em cima da mesa completava a cena:
“Quero você na sua roupa mais confortável. Vista um moletom.”
O moletom era uma piada antiga do casal. Quando se conheceram, Dante e Simone trabalhavam em empresas diferentes. Não demorou para aquele homem sério, de terno e camisa social, chamar atenção dela. Da mesma maneira, o salto alto e a coleção de blazers e saias de Simone fez a sua imagem ficar marcada na cabeça de Dante toda vez que ela o visitava.
Mas foi em um encontro sem querer, no parque, em que os dois usavam moletom, que a relação deles nasceu.
— Eu não acredito que a gerente do financeiro desce do salto no final semana! — ele comentou, se aproximando dela com um chope.
— E eu não sabia que o supervisor de vendas era capaz de sair de dentro das camisas caríssimas que usa. — Ela enchia a sua garrafinha de água em um bebedouro.
— Não gostou de me ver de moletom? — Ele girou à sua frente. — Ou queria ser a única com esse look hoje no parque?
— Gostei, gostei. Acho até que combina.
— Eu e o moletom? Ou eu e você?
Ela bebeu um gole para se refrescar.
— Aí a gente vai ter que descobrir.
E lá se vão dez anos descobrindo.
— E como vocês fazem isso?
A voz da filha a trouxe de volta para o engarrafamento. No carro do lado, uma menina da mesma idade chorava no banco de trás. Podia ser pior.
— Ah, filha, as pessoas se abraçam, se beijam…
— Então eu posso transar também? Eu gosto de dar abraço e mandar beijo.
— Não! — O carro quase apagou. — Não, é beijo de adulto e abraço de adulto. Você é muito novinha para isso. É diferente.
— Diferente como?
— Ai, filha, diferente assim…
“Primeiro você senta no sofá com uma taça de vinho e um filme que está pronta para ignorar”, pensou. “Aí você vê a outra pessoa chegando, com o moletom mais ridículo do mundo e um sorriso cretino no rosto. Ele senta do seu lado e pede como foi o seu dia. Você começa a contar e ele puxa uma mantinha para colocar sobre as pernas dos dois. Quando ele faz isso, dá um jeito milagroso de tocar na parte interna da sua coxa. Você esquece o assunto. A calça larga que ele usa guarda um volume enorme. Você se estende por cima dele para pegar uma almofada e descobre que o volume não era o controle remoto.”
— Mãe…
“Ele pergunta para o que você vai usar a almofada e você diz que é para ficar mais confortável na hora de deitar. Você tateia embaixo da coberta em busca do celular, mas não encontra nada. Até que ele segura firme na sua mão e a guia para o que você estava querendo encontrar esse tempo todo. A calça de moletom não tem zíper. Você…”
— Mãe, o sinal tá verde.
O motorista do carro de trás estava com a mão na buzina, mas Simone estava com a cabeça — e a mão — em outra coisa. Deixou apagar o carro antes de conseguir sair do lugar.
— Ih, o papai não faz isso. Ele diz que é feio!
— Seu pai diz várias coisas — respondeu rapidamente e logo completou mentalmente: “mas ele tá com moral pra isso.”
Dobrou a esquina em direção à escola e viu um casal de jovens sentados juntos em frente a uma loja. Quis julgar os seus risinhos sem inocência, mas estavam com a mesma cara que os dois na última quarta. Sabia como se sentiam.
Dante colocou o cabelo da mulher atrás da orelha assim que ela pôs a mão dentro da sua calça de moletom e beijou o seu pescoço. Os dois respiraram e soltaram um gemido de excitação ao mesmo tempo. Simone sentiu suas pernas amolecerem enquanto Dante ficava duro em suas mãos. A boca do marido subiu o seu pescoço e encontrou a sua orelha. Depois de um beijo e uma mordida, ele sussurrou: “Vamos usar aquela almofada?”. Simone concordou com um “aham” silencioso enquanto sentia a mão dele puxar a sua calça para baixo. Deitou o corpo e viu o marido sumir embaixo da coberta. Suas mãos quentes tocaram suas coxas nuas.
Uma buzina soou apressada e repetida.
— Aí não pode estacionar, senhora! — O motorista da van descarregou a frustração na buzina de novo. — Só transporte escolar! Tá escrito ali, “só escolar”!
Simone — que nem tinha percebido que tinha estacionado em local proibido — colocou a mão pra fora e fez um joinha sem graça para o motorista.
“Essa gente que não transa”, pensou.
Estacionou mais longe do que o normal. Tinha realmente perdido o timing de colocar o carro na vaga dos pais. Para a sua surpresa, porém, Duda ficou animadíssima com a situação.
— Mamãe, você vai me levar lá dentro?
A filha estava acostumada a ver a mãe parar em fila dupla ou se despedir com pressa na hora da escola. Na sua cabecinha infantil, a mãe estacionar tão longe só podia significar que seria acompanhada até a porta da sala. Não podia discordar.
— Vou sim, hoje mamãe está com tempo. — Era mentira. — E você merece, tem sido uma menina bem comportada. — Menos quando falava sobre sexo com pelo menos uns dez anos de antecedência.
— Oba! — Duda começou a recolher as suas coisas no banco de trás e aguardou, ansiosa.
A navegação desastrosa daquele início de tarde resultou em duas quadras caminhadas de salto alto e segurando uma mochila, algo inesperado, mas que valia a pena.
A noção do que estava fazendo voltou a Simone como olhos se acostumando à luz novamente. A profusão de sons e cores provocada pelo trânsito e todas as crianças em uniformes coloridos com mochilas de rodinhas a trouxe de volta para a Terra.
A filha soltou a sua mão assim que chegaram no portão. A mochila ficou jogada no meio do caminho enquanto Duda corria para os braços de uma colega.
— Filha, a sua mochila… — Respirou fundo e a recolheu do chão. — Eu não sei por que ainda tento.
— A sua pelo menos trouxe até aqui. — Uma outra mãe parou ao seu lado carregando uma mochila em cada braço. — Os meus saíram correndo do carro. Só iam dar falta da mochila quando ficassem com fome.
— É quando eles lembram da gente, né.
— Ô se é. — A outra mãe ajeitou as mochilas e a sua bolsa ao redor do pescoço. — Três crianças não é fácil.
— Três? Coragem! — Simone contou as mochilas de novo. — mas você só tem duas…
Uma terceira criança — bem adulta — apareceu atrás dela.
— Neiva, eu preciso de dinheiro para o parquímetro, você tem…
— Tem moedas no porta-luvas, amor.
— Eu fiquei trancado para fora do carro. Desculpa.
— Você não ficou trancado. Você saiu dele e eu saí correndo atrás das crianças. A chave está na minha bolsa.
— Qual é a sua bolsa?
O marido de Neiva ficou parado em frente a ela, genuinamente confuso.
— Entre a mochila da Barbie, a do Ben 10 e a bolsa de adultos, acho que fica fácil descobrir.
Ele percebeu a sua pergunta e viu que Simone estava olhando. Tirou a bolsa do pescoço da mulher e encontrou a chave do carro. Fez menção de colocar a bolsa de volta no pescoço dela, mas ficou com ela em mãos quando viu a expressão no rosto da mulher.
— E-eu te espero no carro.
— Obrigada, amor, já vou lá.
O homem saiu de ombros encolhidos segurando a bolsa bege. Simone e a mãe entraram na escola e foram em direção às filas.
— A gente transa uma vez depois do Carnaval e quando percebe tá levando as crianças para o taekwondo e o balé.
— A minha foi para a natação ontem.
— E ela tá gostando?
— Muito — sorriu. — E eu também.
Duda veio buscar a mochila e abraçou as pernas da mãe. O casal de filhos da outra mulher fez o mesmo e logo se colocou na fila da sua turma.
— Meu pós-carnaval — disse a mulher.
— Minha comemoração de TCC aprovado — Simone respondeu.
— Mudaria alguma coisa?
— Nada.
— Eu também não. — Ela apontou para o marido que vinha atrás dela de novo. — E nem mudaria ele.
Ele chegou com os ombros baixos e uma expressão derrotada.
— Amor, eu…
— Nós vamos resolver, querido, seja lá o que for.
Ele pareceu confuso.
— Como você sabe que é um problema?
— Sempre é. — Ela sorriu para Simone e abanou em despedida. — Mas a gente sempre resolve.
O casal foi em direção à rua. Simone esperou e ficou olhando a filha até ela subir para a sala de aula. Em poucos minutos, tudo era silêncio no pátio da escola.
Simone foi até o banheiro da recepção. Seus pés latejavam pela caminhada inesperada. O banheiro parecia um saguão de hotel. Lembrou do valor que pagava de mensalidade. Era o mínimo.
A luz do banheiro era excelente. Fez uma foto e se achou linda. Fez várias — já estava atrasada mesmo —, até que viu uma criança sair de um dos boxes.
— Oi, tia!
A menina era mais nova do que Duda e tinha cachinhos com as pontas pintadas de rosa. Simone ficou vermelha e a ajudou a lavar as mãos. Logo estava sozinha novamente.
Olhou as fotos de novo. Tinha rejuvenescido alguns anos naquela luz! E se…
Uma ideia se formou na sua cabeça.
Escolheu a melhor foto e a editou. Procurou o número do marido. Escreveu.
“Encontrei essa mulher hoje e ela disse que achou o pai da Duda lindo.”
Enviou.
Aproveitou para usar o banheiro. Certificou-se de que não estava mais na companhia de criança alguma.
Tirou os sapatos por alguns instantes. O alívio percorreu o seu corpo todo. Era como tirar o sutiã depois de um dia difícil.
Seu celular vibrou.
“Diz que também achei ela muito bonita, mas não supera a gostosa da minha mulher.”
Ok, fomos de lindo para gostosa. Podíamos melhorar o vocabulário. Encostou-se na parede do banheiro e mandou uma mensagem.
“Ah, é? E o que o pai da Duda faz com a gostosa da mãe dela? Só pra eu ficar com inveja.”
Não precisava de explicações dele, porque ela lembrava direitinho.
Depois que viu a cabeça de Dante sumir embaixo das cobertas e sentiu a boca do marido nas suas coxas, puxou o cabelo dele e o guiou para o meio das suas pernas.
Instintivamente, no banheiro da escola, fazia o mesmo com a própria mão.
As mãos fortes de Dante agarraram-se às suas pernas como se ela fosse capaz de fugir a qualquer momento (não era). Sua língua deslizava, procurando novos cantinhos, detalhes que lhe dessem prazer. Simone tirou a coberta de cima dos dois. Dante chupava ela concentrado: não era só para agradar, era porque gostava do que fazia.
Sentiu os dedos molharem dentro da sua calcinha.
Puxou a cabeça de Dante para mais perto e o beijou com força. Não foi um beijo sensual, com carinho: foi um encontro de corpos que dizia “eu quero você o mais perto de mim possível. Quero você em mim”.
Dante levantou-se do sofá e pegou algo no bolso do casaco que estava na mesa. Simone ficou apreciando sua bunda enquanto caminhava pela sala da casa. Ele voltou para o sofá e desligou a TV. Seu pau duro e sua silhueta eram agora iluminados só pela luz que vinha da rua pela janela.
Ele abriu a camisinha.
— Não — Simone disse. — Espera.
Estendeu a mão para ele e o puxou para mais perto. Sentou-se com as costas retas e posicionou Dante à sua frente. Apreciou as próprias unhas pintadas quando colocou a mão ao redor do pau do marido e o colocou na boca.
Dante se arrepiou inteiro. Simone nunca admitiria isso para ele, mas ela também. Havia algo na cena — a janela quase aberta, a nudez na sala de casa, as mãos de Dante segurando o seu cabelo — que deixavam o ato muito mais saboroso.
Dante entrelaçou os dedos no cabelo da esposa e fez companhia ao movimento que ela fazia. Quando uma mecha caía na frente do rosto dela, colocava-a carinhosamente atrás da orelha da esposa.
Mais de uma vez, respirou fundo e gemeu nas mãos e na boca da mulher. Simone se deliciava com cada som que ele fazia enquanto o tinha sob o seu controle.
Sentiu perder esse controle quando uma mão forte apertou o seu pescoço. Sua força se esvaiu pelo corpo numa onda que culminou em um choque molhado no meio das suas pernas. Dante se inclinou e beijou a sua boca, ainda segurando o seu pescoço, e deslizou a língua nos seus lábios. Estava completamente perdida.
— Agora é a minha vez.
Ajudou ela a se levantar e a virou de costas. Enquanto tirava o resto da roupa, Simone viu a embalagem da camisinha voar para baixo do sofá. Teria que limpar aquilo antes que Duda ou a sua sogra a achassem.
O breve momento de consciência foi só para lembrar de como o mundo real era diferente daquela terra de prazeres misteriosos para onde Dante a levava de volta. Sentiu as mãos do marido em suas costas, logo acima da cintura. Ele colocou o cabelo dela para um lado e beijou o seu pescoço com carinho. E depois encerrou o carinho.
Enquanto uma mão a inclinava para frente para deixá-la de quatro no sofá, a outra segurava o seu cabelo com firmeza para mostrar quem estava no comando.
Segurou-se na posição que o marido escolheu para ela e sentiu o pau duro dele na sua boceta molhada. Suspirou e segurou o ar por um instante que pareceu uma eternidade. Quando voltou a si, já não tinha mais o que fazer: apenas existir e aproveitar
A mão de Dante na sua bunda guiava os movimentos do jeito que ele gostava. Depois do terceiro tapa que ecoou pelo apartamento silencioso, ignorou o risco de que os vizinhos estivessem ouvindo. Aguardava ansiosamente pelas mensagens no grupo do condomínio.
“Parecem dois gatos no cio”, diria a vizinha do 504.
“Pessoal, vamos maneirar no barulho”, diria o síndico.
Gente chata que não transa.
“Mãe, o que é transar?”
A voz de Duda fazendo a pergunta inocente a tirou dos seus sonhos e a trouxe de volta à realidade.
— Meu Deus do céu, Simone, o que você fez?
Quando acordou naquele dia, a última coisa que imaginava fazer era se masturbar no banheiro da escola da filha, mas lá estava ela, com uma mão apoiada na parede e outra molhada entre as pernas.
Seu coração acelerou. Será que alguém ouviu? Será que alguma criança passou por ali?
Olhou para o relógio e sentiu as pernas tremerem, mas de alívio. Era óbvio que, pela hora, as crianças estavam em aula e tinham banheiros bem mais perto das suas salas. Que mãe desnaturada não saberia disso?
“Uma mãe que se masturba no banheiro da escola da filha”, Simone repreendeu a si mesma.
Um desespero momentâneo tomou conta de si, junto da culpa de estar fazendo algo que parecia errado. Lembrou-se da mãe olhando torto para ela e as amigas quando falavam sobre meninos e sexo ao alcance dos seus ouvidos. Não era à toa que adolescentes cresciam sabendo esconder as coisas.
Seu celular vibrou enquanto colocava a calcinha. Era Dante, respondendo sua última mensagem.
“O pai e a mãe da Duda fizeram um sexo espetacular ontem, que me deixou de pau duro só de lembrar daquela bunda virada para mim. Inclusive, tô cheio de ideias. Me diz uma coisa, cabe dois nesse banheiro aí? Me lembrei da gente nos intervalos da faculdade…”
Simone começou a digitar, mas preferiu inovar. Apoiou o celular em cima da bolsa e gravou um vídeo de costas, vestindo a calcinha. Demorou tempo suficiente para que aparecesse tudo em destaque. Ao rever o vídeo, notou, excitada, a marca dos dedos dele ainda em sua cintura. Enviou.
“Você vai ter que descobrir comigo. Eu quero.”
Calçou os sapatos, revisou a roupa e saiu do banheiro. Viu que ainda estava sozinha e aproveitou a luz boa para tirar uma foto com a blusa levantada, mostrando o sutiã. Aquela não usaria hoje. Era bom ter um banco de imagens.
“Mãe, o que é transar?”
Aos poucos, descobria o que responderia para a filha:
“Transar é um ato de confiança entre duas pessoas. É algo que fazemos nas quartas à noite ou sem marcar, no banheiro. É um ato de se conhecer e se gostar. E é algo que você vai aprender a curtir sem culpa, no momento certo.”

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